Eu Sou o Livreiro de Cabul - Shah Muhammad Rais - 98 páginas
Eu sou o Livreiro de Cabul conta, segundo o autor, uma tragédia real e pessoal. A acolhida de um jornalista em sua casa, a redação de um livro sobre seu cotidiano e o de sua família, e a publicação, com imenso sucesso, desse livro que se revela uma denuncia: O Livreiro de Cabul, de Seierstad. Que pode uma norueguesa compreender da realidade de um grupo familiar afegão, com suas relações violentadas pelo ritmo opressor do regime de um pequeno país?
Adotando a narrativa de um diálogo permanente com figuras mitológicas da Noruega, os trolls (duendes, gnomos, entidades mágicas nas quais a verdade é buscada para que a justiça se estabeleça), de alguma forma, Shah Muhammad Rais, o verdadeiro Livreiro e autor deste livro resposta, chega ironia máxima. Sutilmente sugere aqui que, Seierstad não sou soube enxergar as profundas diferenças entre uma pátria rica e confortável, a Noruega, e um Afeganistão torturado por pressões sociais, religiosas e historicamente seculares, cometeu, mais que um livro, mais que um escândalo - um crime, e esse crime (sem punição possível) somente poderá ser abrandado com a mesma arma que ela usou: um livro.
terça-feira, julho 15, 2008
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